Anuário traz dados sobre estrutura, desempenho da produção, reciclagem pós consumo e faturamento do setor
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) acaba de publicar o Perfil das Indústrias de Transformação e Reciclagem de Plástico no Brasil em 2022. O principal anuário do setor tem o propósito de divulgar os dados mais recentes sobre transformação do plástico e reciclagem, trazendo números de crescimento das indústrias, estrutura e o desempenho da produção, demanda, reciclagem mecânica pós consumo e faturamento do segmento.
O faturamento do setor de transformados plásticos, de acordo com a pesquisa, foi de R$ 117,5 bilhões. O levantamento também aponta cerca de US$ 3,8 bilhões gerados pelas importações e US$ 1,4 bilhão referente a exportações de transformados plásticos. Em 2022, a indústria teve 6,7 milhões de toneladas de produção física. Juntas, as indústrias de transformação e reciclagem fomentaram quase 360 mil empregos, com um pouco mais de 12 mil empresas. É o 4º maior empregador da indústria de transformação brasileira e, para cada R$ 1 milhão adicionado em sua produção, 29 empregos indiretos são gerados, há aumento de R$ 1,3 milhão no PIB brasileiro e de R$ 3,35 milhões na produção total da economia.
No ranking dos principais setores que mais consomem plástico, em valor, a construção civil lidera com 25,4%, seguida pelo alimentício, com 21,9%, artigos de comércio e varejo, com 7,8%, automóveis e autopeças, com 6,2% e, por fim, bebidas, com 6%. A lista mensura mais 12 segmentos, entre eles móveis, agricultura, químicos, papel e celulose, eletrônicos e descartáveis. Entre as resinas mais consumidas, estão: PP, 20,3%, PEBDL, 16,1%, PEAD, 13,8%, PVC, 12,9%, plásticos reciclados, 13,2%, PET, 5,8%, PEBD, 9,7% e PS, 6,2%.
Nesta edição, a associação apresenta também um panorama da sua atuação, ressaltando a movimentação constante em direção à inovação e ao desenvolvimento do setor. “Temos o dever de aumentar os esforços para enfrentar desafios. Que esse empenho continue sendo integrado às políticas de estímulo e aos conceitos de economia circular, sendo a reciclagem e a inovação duas de suas principais vertentes. É necessário aumentar com persistência e zelo as soluções voltadas para a circularidade”, comenta José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Conselho da ABIPLAST e do SINDIPLAST.
A indústria de transformação e reciclagem de plástico no contexto da circularidade
No Perfil, são também apresentadas atualizações das iniciativas com foco em sustentabilidade, como no tópico “Economia Circular: fazendo acontecer”, que tem como referência a publicação “Inovação na origem: um guia de soluções para embalagens”, da Fundação Ellen MacArthur, trazendo cinco fatores que podem ser fundamentais na implementação bem-sucedida de soluções em inovação na origem.
Além disso, no anuário, é exemplificado o ciclo da cadeia produtiva com o intuito de alcançar uma transição exitosa de uma economia linear para a circular, sendo apresentados nove tópicos: reduza, recuse, redesenhe, reuse, repare, recondicione, remanufature, reaproveite e, por fim, recicle. A economia circular, a produção e o consumo conscientes exigem novas aplicabilidades do material plástico, as quais estão agregando maior valor aos transformados, conduzindo a inovações tanto em matérias-primas e produtos quanto em processos e modelos de negócio.
Inovação, por sinal, tem sido o farol que orienta o rumo das ações da ABIPLAST, com o objetivo de manter os produtos plásticos – incluindo os que utilizam conteúdo reciclado – como a melhor solução para muitas das necessidades humanas, integrando o plástico às novas demandas e tendências de mercado.
O Perfil 2022 pode ser acessado na página da ABIPLAST em: https://www.abiplast.org.br/publicacoes/perfil-2022abiplast/
A publicação conta com o Patrocínio de empresas e entidades do setor: Valgroup, Cimflex, Kanaflex, Karina Plásticos, Sansuy, SINDIPLAST-SP, SIMPEPE, SIMPESC, SIMPLAST, SINPLASTAL e SINPLAST- RS.