O transformador de plástico no Brasil busca por iniciativas que o ajude a vender mais (59,4%) e acredita que inovação em produtos (49,3%) é o caminho para o crescimento. É o que mostra o estudo de mercado encomendado pelo PICPlast, Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, uma iniciativa setorial da ABIPLAST e da Braskem. Para 59,4% dos entrevistados, abrir novos mercados é a prioridade.

A pesquisa revelou ainda o perfil desses empresários: homens (78,1%), com mais de 35 anos (82,3%) e com escolaridade superior à graduação (86,7%), que conduzem empresas familiares (70,1%), com 50 a 500 funcionários (61,5%), localizadas no estado de São Paulo (46,8%). O estudo também mostra a participação de diferentes áreas da transformação. Os produtos plásticos são obtidos a partir da fusão das matérias primas e sua conformação em moldes ou matrizes. Para a extrusão de filmes (ramo de 55,8% dos participantes da pesquisa) é usada uma máquina extrusora onde a matéria-prima fundida forma filmes flexíveis que, posteriormente, serão transformados em embalagens. Já para a injeção (31,7%) é usada uma máquina injetora que leva o material fundido ao molde através de um bico, formando peças de formatos e aplicações diversas. Outro tipo de transformação que aparece em destaque é a extrusão sopro (20,5%) que produz, por exemplo, frascos para alimentos e bebidas, com a aplicação de ar comprimido dentro do molde expandindo o material fundido.

A pesquisa traz também a participação do setor da reciclagem dos materiais plásticos (9%) onde há a fabricação de pellets (grãos) que retornarão à cadeia produtiva na forma de novos produtos plásticos.

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As empresas ouvidas produzem os mais diversos tipos de produtos, principalmente embalagens para alimentos e bebidas ou tampas (37,4%). Bobinas (29,5%), produtos para agronegócios (22,3%), construção civil (18,7%) e embalagens para cosméticos (15,1%) também aparecem com grande relevância entre os itens produzidos.

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Investir em renovação tecnológica, principalmente na área de processos e equipamentos, é o desejo de 38,5% dos empresários. O mercado e a concorrência são considerados os principais desafios para o crescimento para cerca de 30% dos entrevistados. Os empreendedores da indústria do plástico têm interesse em iniciativas voltadas à eficiência operacional, comprovado pelos percentuais altos daqueles que querem reduzir perdas (67,7%) e aumentar o controle de qualidade (61,2%).

Para atender a estas demandas, o PICPlast realiza, ao longo do ano, uma série de ações que visa beneficiar os atuantes do setor. Desde 2013 já foram investidos cerca de R$ 15 milhões em iniciativas direcionadas aos transformadores. São projetos que auxiliam desde o pensamento com foco em inovação até gestão financeira e controle de qualidade.