A coleta de resíduos ainda é um gargalo para o avanço da reciclagem, segundo o professor Leandro Fraga, coordenador da pesquisa realizada pela FIA para o PICPlast – Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico. O estudo aponta que o índice de reciclagem está em torno de 26% do total do plástico consumido na produção de embalagens no país, sendo que em 2017 esse volume representou cerca de 550,4 mil toneladas.
“Se a cadeia de reciclagem tivesse acesso mais simples aos resíduos, os resultados seriam mais ambiciosos”, afirma o coordenador do estudo, Leandro Fraga.
O potencial de crescimento desse mercado é grande. No ano passado o consumo aparente de plástico foi de 6,5 milhões de toneladas, um aumento de 3,8% na comparação com 2016.
As embalagens são maioria do material que vai para a reciclagem, cerca de 90%. Desse universo, cerca de 80% têm sua origem em produtos de curto ciclo de uso, com descarte rápido.
Tornar a coleta e reciclagem do plástico bons negócios passa pela valorização resíduos plásticos, que ainda são tidos como de menor valor agregado tanto para quem coleta e recicla quanto para quem fabrica produtos a partir do material reciclado. Esse é um dos principais desafios da economia circular do plástico. Do universo pesquisado, 64% das empresas recicladoras são de portes pequeno e médio, 19% de microempresas e 17% são de grandes empresas.