Referente à matéria “Como ter embalagens livres de contaminação”, publicada no site da Revista Galileu, em 19 de janeiro de 2020, o SINDIPLAST vem manifestar sua posição sobre o tema e preocupação com a disseminação de notícias equivocadamente alarmistas.
O SINDIPLAST informa que a fabricação de embalagens alimentícias, tanto para acondicionar alimentos quanto bebidas, possui legislações específicas publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as quais devem ser seguidas pelas empresas do setor.
Como exemplo: as Resoluções RDC n° 56 e RDC n° 17, que regulamentam os monômeros (incluindo o Bisfenol A) e aditivos utilizados em materiais plásticos destinados à elaboração de embalagens em contato com alimentos; e as normas ABNT-NBR 14865-2012, que estabelecem os requisitos mínimos exigíveis para os copos plásticos descartáveis que são destinados ao consumo de bebidas e outros usos similares, e ABNT NBR 15403, que apresenta os requisitos e métodos de ensaios para filmes estiráveis de PVC para contato com alimentos.
Com isso, o SINDIPLAST ressalta que todos os materiais plásticos para contato com alimentos são aprovados para as condições de uso previstas – indicadas no rótulo da embalagem ou no recipiente plástico –, cumprindo com uma lista de substâncias permitidas na formulação do material da embalagem.
Nos materiais plásticos, o Bisfenol A (BPA) está presente somente na composição do plástico conhecido como policarbonato (PC) e, como mencionado na própria matéria, era utilizado para a fabricação de mamadeiras – aplicação essa proibida desde agosto de 2011. Mesmo nas aplicações em que o BPA entra na formulação, seu uso é considerado seguro de acordo com as evidências científicas e a exposição do consumidor a essa substância é pequena, pois as quantidades que poderiam migrar das embalagens nas diversas condições de processamento ou aquecimento são muito pequenas. Se presente, a quantidade de BPA é apenas um resíduo de polimerização.
Até o momento, ANVISA e ABNT não emitiram nenhum alerta para a indústria ou população relacionado aos protocolos nacionais de produtos embalados em plástico. Ou seja, atualmente, os órgãos responsáveis do governo não reconhecem haver problemas de contaminação de alimentos por embalagens plásticas. Caso venham a fazê-lo, seguramente a indústria se adaptará às novas regulações.
O que temos provado e em consenso é que as embalagens plásticas são uma importante alternativa para a conservação de alimentos, aumentando a vida útil dos produtos embalados e reduzindo o desperdício de comida. Segundo dados da WWF, se o desperdício de alimentos fosse um país, ele seria o 3° maior em emissão de gases de efeito estufa, perdendo apenas para China e Estados Unidos. Para se ter uma ideia do aumento da vida de prateleira dos produtos, carnes bovinas embaladas com plástico registram um aumento de 64% em sua vida útil. No caso do peixe, chega a 71%.
O SINDIPLAST reforça que a indústria do plástico se preocupa em desenvolver os melhores produtos à população, sem oferecer qualquer tipo de risco à saúde pública, e que a ABIPLAST e o SINDIPLAST acompanham os avanços em inovação e tecnologia, orientando seus associados para as melhores práticas do setor.
Para esclarecer mais sobre o tema, a equipe técnica do SINDIPLAST/ABIPLAST se coloca à disposição dos jornalistas e editores do veículo, a fim de levar sempre informações mais precisas para o público e contribuir para a melhor saúde da população.