Presidente do SINDIPLAST, José Ricardo Roriz Coelho, apresenta plataforma de renovação e desenvolvimento da indústria
José Ricardo Roriz Coelho, presidente do SINDIPLAST (Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo), registrou nesta segunda-feira (28) a chapa para concorrer à presidência da Fiesp, com eleições previstas para julho de 2021. Roriz Coelho apresenta em sua plataforma uma proposta de gestão moderna para o ciclo que se inicia no próximo ano.
“Represento um movimento de empresários e empresas de São Paulo, da capital, região metropolitana, litoral e interior, que desejam uma nova política para a indústria de São Paulo”, ressalta, reforçando a palavra “renovação” como central em sua proposta para a instituição. “A Fiesp precisa defender todas as empresas, de todos os tamanhos, de todos os lugares de São Paulo”, afirma.
Oxigenar as estruturas, retomar o diálogo entre todos os setores da indústria, além de implementar processos de governança e transparência são outras das metas estabelecidas pelo atual vice da Fiesp. “É fundamental restabelecer o debate de ideias e iniciativas que permitam à indústria paulista se posicionar dentro de um mundo altamente competitivo, com novos conflitos comerciais, tecnológicos, regulatórios e de sustentabilidade”, disse.
Roriz Coelho também vê urgência na inserção do setor dentro do universo de tecnologia e inovação do mundo, com destaque para a indústria 4.0, que será, segundo ele, outro tema central em sua gestão. Além disso, a retomada do crescimento, a recuperação de mercados e, sobretudo, de empregos, também estão entre suas metas. “É urgente reverter o terrível quadro de perda da participação da indústria no PIB, de São Paulo e do Brasil.”
Processo eleitoral
O empresário critica o curto prazo para inscrição de chapas (apenas 20 dias) e o modo antidemocrático como está sendo conduzindo o pleito. “Discordamos da urgência de se fazer o registro de chapas para uma eleição que só acontecerá daqui a 10 meses. Essa é a pressa de quem não pretende debater os problemas da indústria”, afirma.
Para ele, o registro de chapas deveria ser a última formalidade do processo de debates, não o ponto de partida.
“Nenhuma linha de produção começa pelo produto final, mas pelo manejo da matéria-prima”, compara, lembrando das inusitadas exigências burocráticas da entidade. “A Fiesp ficou tão engessada, tão distante da realidade, que o formulário que envia aos candidatos das chapas é para ser preenchido em máquina de escrever”, conta.
Roriz Coelho diz que o processo, incompatível com os tempos atuais, simboliza bem o momento da Fiesp. “Temos uma Federação que pede desburocratização e modernidade aos governos, mas exige carimbos, certidões e registros em cartório. Muito papel e quase nada digital”. Para mudar este cenário, Roriz, que também é o presidente da ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), promete modificar e arejar as estruturas dentro da instituição.
O movimento de renovação conta com o apoio orgânico de vários setores, empresários diferentes da indústria, além de sindicatos. “Queremos novamente dar o exemplo de democratização e modernização que a Fiesp sempre foi. A alternância no poder é essencial, para que, de fato, haja representatividade e rotação dentro da entidade”, finaliza Roriz.