Seminário Competitividade 2020 aprofundou diversos aspectos de interesse do setor

A 10ª edição do Seminário Competitividade, realizado na quinta-feira (15), foi um dia de intensos debates sobre o futuro da transformação do plástico no Brasil, o papel da indústria para o desenvolvimento sustentável e a economia circular. O evento foi promovido por ABIPLAST e SINDIPLAST em parceria com a Plásticos em Revista, pela primeira vez em formato online devido à pandemia.

Beatriz Helman, Diretora da Plásticos em Revista, e José Ricardo Roriz Coelho, presidente da ABIPLAST e do SINDIPLAST, deram as boas-vindas aos debatedores e ao público que acompanhou o seminário, além de agradecerem patrocinadores e parceiros.

Na abertura, Gabriel Ganzerli (Head Comercial e de Desenvolvimento de Novos Negócios da Linker) abordou o universo das fintechs, com foco em acesso a crédito para empreendedores, essencial para a sobrevivência de pequenas e médias empresas no período de pandemia.

No segundo painel, Kesley Gomes, diretora responsável pela solução LinkQ na região da América Latina, ofereceu cenário e perspectivas sobre os hábitos de consumo. As mudanças e as decisões de compra durante a pandemia, os novos meios de venda online e as oportunidades para o setor dos plásticos foram alguns dos tópicos aprofundados.
No período da tarde , palestra sobre Economia Circular, com apresentação de Meire Ferreira (Grant Thornton Brasil), que apresentou as tendências de compliance ambiental de brand owners que começam a chegar ao Brasil, os compromissos dos fornecedores com a sustentabilidade, entre outros aspectos.

O tema se manteve no debate entre Walmir Soller, da Braskem, e Albano Schmidt, da Termotécnica, com a visão das indústrias brasileiras que atuam na União Europeia com matérias-primas e produtos transformados como embalagens. Soller e Schmidt explicaram, sobretudo, as determinações para logística reversa que seguem em linha com as políticas e as estratégias contempladas no Acordo Verde Europeu (Green New Deal).

Em seguida, para fechara programação , o assunto foi biopolímeros. Primeiro, Mateus Lopes, Responsável pela Inovação em Tecnologias Renováveis da Braskem, esmiuçou o agronegócio brasileiro e a falta de investimentos do setor neste tipo de material plástico. Depois, um debate com Eide F. Garcia, da Borealis, e Kim Gurtensten Fabri, da ERT (Earth Renewable Technologies), aprofundando motivos pelos quais os experimentos com biopolímeros no Brasil não tiveram êxito.

José Ricardo Roriz Coelho fez considerações finais e agradeceu a participação de todos. “Cumprimos nossos objetivos com o seminário. Em breve, tenho certeza que as coisas estarão melhores para que a gente possa se encontrar de novo pessoalmente”, disse o presidente da ABIPLAST e do SINDIPLAST.

Por fim, Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas da América do Sul da Braskem, encerrou a 10ª edição do Seminário Competitividade, pontuando sobre a evolução das temáticas e dos debates ao longo de 10 anos. Terra terminou lembrando a importância do setor do plástico. “A essencialidade dos produtos da nossa indústria ficou clara. Também fomos ouvidos sobre o debate do resíduo, que tínhamos perdido espaço”, disse.